sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Medindo a paixão por motos - ou você é, ou não é.

Vindo ao trabalho na minha valente XLX 250 R, 1987 , vulga "Nazaré" ou simplesmente "Nazá"- da qual não pretendo me desfazer enquanto vivo - e, em trânsito tranquilo, vendo os motoboys e outras classes de motociclistas (até um Harleiro/ista "maluco" com direito a patch, tatuagens nos braços e malboro aceso enquanto pilotava segurando o "seca sovaco") maginava se poderia medir a paixão por motos de caras como eu. 

Há coisas na vida que não tem preço... Nem medida.

Dizem que o mundo acaba já agora, semana que vem, daqui há 7 dias... Será? Acho brabo! Bom... Semana que vem, ainda vou estar trabalhando!!! Será que irei passar as últimas horas da existência da humanidade sentado na frente do computador? Não é bem assim que eu pretendia deixar o mundo terreno. Pior... Minhas férias começam dia 22! Fala sério! O mundo acabar no 21, comigo no trabalho, longe de minha esposa e filho e sem minha moto seria muita sacanagem! Acho que no mínimo vou marcar com os dois de virem comer inteira uma torta de chocolate com refrigerante em frente à pilha de processos que tenho a fazer, cometendo, assim, a última excentricidade gastronômica que eu poderia imaginar.

Ok, ok! Mas vamos imaginar de verdade, que SIM! O mundo realmente vai acabar no próximo 21, antes mesmo de você abrir seus presentes de natal (esse ano eu nem me preocupei em comprá-los, já que o mundo vai acabar mesmo...). O que você faria se tivesse plena certeza disso (digamos que a NASA disparasse a notícia de que um meteorito do tamanho da lua estava se aproximando) nas suas últimas horas? 

Nem lhes conto o que pensei... Sim! Não era ficar na frente da TV, ou fazer sexo loucamente com minha esposa, ou ainda gastar tudo que tenho numa viagem insana qualquer, assaltar um banco só pela adrenalina ou pular de páraquedas com uma mochila. E nem devorar a torta de chocolate inteira, pois essa hipótese pretendo efetivar só de "molecagem", ao menos parcialmente (digamos que um pedaço moderado apenas...). Nada disso!!!

O que imaginei foi algo bem mais simples...

Prá mim bastaria minha moto, a esposa na garupa e meu filhote no meio. Capacetes? Prá quê? Iria até algum lugar mais deserto com eles, provavelmente para cima dos Andes, em algum "paso" desconhecido, lá pros lados onde "o vento faz a curva" e esperaria abraçado neles e apoiando a cabeça no banco da moto, que a tal altura estaria deixada no gramado também esperando o fim do mundo. 

O que quero dizer é que algumas paixões não tem cura, não tem preço.  Que a primeira coisa que você pensa é naquilo, torcendo que a última também seja.E que tem algumas coisas singelas na vida para a qual a gente não dá valor... Até que um dia chega o fim do mundo e passa a ser tarde demais.

Assim sou com minha família e com minhas motos... Uma paixão simplesmente inexplicável, sem medidas.

Se me perguntassem se eu trocaria nunca mais poder andar de moto por quinhentos milhões de reais, minha resposta seria um sonoro NÃO! E um tiro no "fidapuuu" que me fizesse tal proposta... Em tempo: quem me conhece sabe o quanto gosto dessa coisa chamada dinheiro.

Daí que pude ver a medida de minha paixão.

E quanto a você? O que lhe faria parar prá sempre de andar de moto? Fora o fim do mundo, lógico.

Pensem nisso...

Até breve!!!

Um comentário:

  1. Puts,texto massa!

    Tbm sou louco por motos,cheguei ate ter três em casa!kk

    Mas respondendo a sua pergunta,so pararia de andar se ficasse impossibilitado fisicamente...

    Abraco.

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